Festivais | Tribeca 2018
Entre os dias 18 e 29 de abril aconteceu, em Nova York, o Festival de Cinema de Tribeca de 2018. O festival exibiu 99 longas e 55 curtas-metragens, além de 35 projetos de narrativa imersiva, de 46 países. Este ano, o júri contou com nomes como Justin Bartha, Ray Liotta, Chris Messina, Zosia Mamet, Lakeith Stanfield e Norman Reedus.
Aqui no Clube da Poltrona a gente faz um apanhado do que rolou por lá. Vamos nessa?
Prêmios da audiência
Melhor Filme de Ficção – To Dust, de Shawn Snyder
Melhor Documentário – United Skates, de Dyana Winkler e Tina Brown
Principais prêmios do júri
Prêmio Founders para Melhor Longa de Ficção dos EUA — Diane, de Kent Jones
Melhor Longa Internacional de Ficção — Smuggling Hendrix, de Marios Piperides
Melhor Documentário — Island of the Hungry Ghosts, de Gabrielle Brady
35 anos de Scarface
O filme de Brian De Palma completa 35 anos em 2018 e teve uma exibição especial, com a presença do diretor e de Al Pacino, Michelle Pfeiffer e Steven Bauer, para um bate-papo na sequência. Como era de se esperar, os ingressos esgotaram e um teatro lotado ovacionou de pé quando Pacino subiu ao palco.
Um momento desconfortável aconteceu quando o mediador da conversa, o escritor Jesse Kornbluth, perguntou a Michelle Pfeiffer quanto ela estava pesando durante as filmagens. O público não perdoou e retornou com vaias, mas Pfeiffer, com muita elegância, disse não saber ao certo, mas que estava “interpretando uma viciada em cocaína” e que a “perda de peso era parte da fisicalidade do papel”.
Recepção de alguns filmes
Blue Nights, de Fabien Constant
As críticas a este drama com Sarah Jessica Parker tiveram tons variados. A história de uma cantora de jazz que descobre ter uma doença terminal conseguiu alguns elogios a sua fotografia, mas o tom melodramático e uma Parker over em muitas das cenas foram apontados como alguns dos principais pontos negativos.
Stockholm, de Robert Budreau
As reações também foram divididas em relação ao filme estrelado por Ethan Hawke e Noomi Rapace, que retrata o assalto que deu origem ao termo “Síndrome de Estocolmo”. Embora bem atuado, alguns críticos acharam a intenção do filme confusa, como foi o caso de Owen Gleiberman, da Variety, que disse que o diretor “não consegue decidir se está fazendo um docudrama ou um sitcom”.
Mapplethorpe, de Ondi Timoner
Esta é a cinebiografia do transgressor e polêmico fotógrafo Robert Mapplethorpe. O que mais recebeu atenção positiva, aqui, foi a atuação de Matt Smith do personagem-título. Porém, o filme em si desapontou a maioria dos críticos (embora tenha agradado o público, ficando em segundo lugar nos preferidos da audiência).
All About Nina, de Eva Vives
Tanto a diretora, Vives, quanto a protagonista do longa, Mary Elizabeth Winstead, estão saindo de Tribeca elogiadíssimas. O filme é sobre uma comediante de stand-up que se muda para LA para recomeçar a vida.
Diane, de Kent Jones
O vencedor dos prêmios de melhor filme, roteiro e fotografia (dentre as categorias norte-americanas) foi descrito por alguns críticos como um excelente estudo de personagem, real e profundo. O filme conta a história melancólica de uma viúva (Mary Kay Place) que vive para os outros, incluindo seu filho viciado em drogas.
Smuggling Hendrix, de Marios Piperides
Esse filme, que foi eleito o melhor nas categorias internacionais, se passa no Chipre e conta a história de Yiannis, um homem que tenta passar com seu cachorro Jimi pela zona intermediária que separa o lado grego do lado turco da ilha. Essa comédia dramática cipriota foi muito bem recebida e tem ainda suas pitadas de crítica política.
In a Relationship, de Sam Boyd
A comédia romântica com Emma Roberts e Michael Angarano foi bem recebida pela crítica, sendo descrita por David Ehrlich, do Indiewire, como “assistível em seus piores momentos e irresistível nos melhores”.
Jonathan, de Bill Oliver
Drama de ficção científica com Ansel Elgort interpretando dois homens que ocupam o mesmo corpo. A crítica diz que é um filme inteligente e elogiou bastante a performance de Elgort, assim como a fotografia e a direção também ganharam alguns elogios.
The Seagull, de Michael Mayer
Adaptação da peça A Gaivota, do dramaturgo russo Anton Tchekhov. Com o elenco estelar, que conta com Anette Benning, Saoirse Ronan, Elisabeth Moss e Corey Stoll, a maioria das reações foi positiva, embora não haja muita animação em relação ao filme. Mas, as performances estão, sim, sendo elogiadas.
Little Woods, de Nia DaCosta
Seguindo a linha de Inverno da Alma e Rio Congelado, o longa – que rendeu à diretora o prêmio Nora Ephron, dado especialmente a mulheres cineastas – mostra a luta de uma jovem que passa a vender drogas para conseguir sustentar a irmã e o sobrinho. Com Tessa Thompson e Lily James no elenco.
Zoe, de Drake Doremus
Apesar do elenco com Ewan McGregor, Léa Seydoux, Rashida Jones e Theo James, o filme, que mostra a tentativa de aperfeiçoar as relações amorosas através da tecnologia, não empolgou a crítica.
Fontes: Metacritic, The Hollywood Reporter, Variety, Vulture, Indiewire e Screen Daily.