Oito Mulheres e Um Segredo | Análise
Sandra Bullock e Cate Blanchet encabeçam o time de Oito Mulheres e um Segredo, um derivado da trilogia de Steven Soderbergh (desta vez ele é o produtor), com todos aqueles estratagemas, como é de se esperar na franquia. Bullock assume a figura de George Clooney, como Debbie, a irmã do falecido Danny Ocean. Nessa releitura, a motivação para o crime é um cobiçado colar de diamantes, somando a bagatela de 150 milhões de dólares.
Acompanhando a genialidade da protagonista está Lou (Cate Blanchett, claramente assumindo a figura de Brad Pitt, como parceira de crime). Embora Bullock carregue o papel central com desenvoltura — assim como Clooney com Pitt — ela foi naturalmente ofuscada pelo brilho de Blanchett. É clara a ideia do roteiro de não romantizar nenhuma das personagens, aprofundando de forma objetiva a missão e a motivação das garotas unicamente para o crime, que, afinal, é o que move o filme.
Como no original 11 Homens e um Segredo, boa parte da diversão é assistir Debbie escolher as mulheres que irão ajudá-la a realizar o crime. Na equipe, cada uma possui um talento e energia particular e todas, juntas, criam uma imprevisível e irresistível química. São elas: Uma designer de moda falida (Helena Bonham Carter), uma hacker (Rihanna), uma fabricante de joias (Mindy Kaling), uma habilidosa batedora de carteiras (Awkwafina) uma dona de casa especialista em administrar bens roubados (Sarah Paulson) e, completando o elenco, a celebridade Daphne Kluger (Anne Hathaway).
Gary Ross e a co-escritora Olivia Milch dão a cada uma dessas garotas a oportunidade de brilhar ao longo do caminho, mas num elenco tão extenso e talentoso, nem todas as personagens têm o mesmo brilho. Este é particularmente o caso de Kaling, Paulson e Awkwafina, que não foram tão bem exploradas quanto suas parceiras.
A boa trilha sonora entra para dar o clima de big assault, combinando ousadia e sensualidade para as cenas em que as garotas arquitetam o plano. Como carro chefe — e uma ótima escolha —, a canção “These Boots Are Made for Walking” de Nancy Sinatra; além de agregar um ar vintage ao filme, vai de encontro aos planos da protagonista que nutre desejos de vingança para com o ex namorado. Um sútil recado de empoderamento feminino que soma personalidade à trama dominada pelas garotas.
Fica clara a proposta de glamourizar o grande crime através do figuro e design, mas por baixo dos vestidos deslumbrantes, joias reluzentes e equipamentos de alta tecnologia, o longa dialoga sobre a força de defesa das mulheres, que unidas uma às outras, são capazes de fazer o impossível acontecer. Parte dessa ideia de compor uma equipe sem homens, vem em um diálogo entre Debby e Lou: “ ‘Ele’ é sempre notado; ‘Ela’ é sempre ignorada. E dessa vez, queremos ser ignoradas”.
Em questão de originalidade, o filme não vai tão longe assim, apesar de toda sua proposta feminista. Cumpre a promessa de entreter, mas segue basicamente a mesma fórmula da versão masculina, só que com muito mais glamour, ousadia, e Cate Blanchett. O tempo se prolonga um pouco mais do que o necessário, com uma participação quase dispensável de James Corden, como um detetive fanfarrão. O plot é divertido e poderia ter encerrado num momento específico, mas o empolgado Gary Ross agrega um extravagante acontecimento que poderia ter ficado de fora, sem ferir o desfecho da trama. Acima de qualquer proposta, o elenco ganha todos os méritos, pois consegue dar o tom que o filme precisa, aliando charme, astúcia e sagacidade na elaboração de um grande crime. Qualidades que não estão restritas somente a belos homens e seus segredos.
Nota: ★★★★✰
Ficha técnica
Título original: Ocean’s 8
Ano: 2018
Direção: Gary Ross
Roteiro: Gary Rosse Olivia Milch
Elenco: Sandra Bullock, Cate Blanchett, Anne Hathaway, Sarah Paulson, Helena Bonham Carter, Mindy Kaling, Rihanna, Awkwafina
Fotografia: Eigil Bryld
É uma boa opção para uma tarde de filmes. Eu gostei de todo o elenco, todos eles são ótimos! É um filme realmente divertido e engenhoso. Uma historia cheia de cenas que me encheram de gargalhadas e que me divertiram de tarde. Adorei a participação de Olivia Munn, foi breve mas legal. Ela é uma grande atriz, seu trabalho de dublagem é excelente. Em Lego Ninjago é sensacional, é um dos filmes mais divertidos que já vi, e um excelente filme infantil , gostei muito como se desenvolve a história, o roteiro é muito divertido para pequenos e grandes, em todo momento nos fazem rir. É um filme que sem importar o estado de animo em que você se encontre, irá lhe ajudar a relaxar um pouco.