Séries | Game of Thrones – S08E04: The Last of Starks
O episódio anterior de Game of Thrones foi “Ame ou Odeie”: enquanto espetáculo visual, falhou por conta das inúmeras críticas à escuridão no episódio durante a batalha; mas, ao mesmo tempo, conseguiu gerar tensão suficiente ao espectador. Além disso, causava uma certa apreensão e perigo aos personagens, com um plus de sentimento de derrota.
The Last of Starks, como demonstrou o andamento da temporada até o momento, foi morno, mostrando um pouco das consequências da sangrenta batalha. E isso é um pouco grave para uma temporada tão curta. Simplesmente, uma hora de episódio aconteceu pouca coisa relevante, como uma verdadeira novela. Nota-se certa preguiça por parte dos roteiristas pós-George Martin. A série ultrapassou os livros e o roteiro decaiu em qualidade também nas últimas temporadas.
O início é bonito e triste, enquanto Jon Snow, Sansa e os sobreviventes se despedem dos guerreiros decaídos em conflito. Há belas palavras antes do acender das fogueiras, transformando carne em pó. A trilha sonora nessa parte é certeira, ao entregar um misto de melancolia com sensação de alívio com a sobrevivência.
No entanto, após essa cena inicial, pouca coisa de importância acontece: há uma bebedeira final antes de mais uma batalha; momentos finais de diversão, para muitos ali presentes; aquele jogo de sedução falho entre Tormund e Brienne; declaração de Gendry para Arya; porém, a garota expressa que não foi feita para aquela vida de princesa.
Aliás, por falar em Gendry, ele foi alçado a Gendry Baratheon de Ponta Tempestade, por Daenerys, e recebeu ovações dos presentes. E para tristeza de Tormund, Jaime seduz Brienne e descobre que ela era virgem, assim com Arya era. E isso foi mais um dos problemas que ocorreram no episódio em relação ao Lannister, como expressarei mais à frente.
Diante de uma temporada de 6 episódios apenas, alguém, de verdade, quer saber se Arya ou Brienne é virgem? Puro “enchimento de linguiça”, como falam por aí. E isso é o resumo do episódio, pelo menos na primeira hora. E as tensões entre Jon Snow, Sansa e Daenerys continuam. A rainha dos dragões quer manter o romance com Snow em segredo, não quer que ninguém mais saiba da relação de parentesco, algo que Snow não pretende esconder. Lorde Varys também não pretende esconder, além de expor seus planos para Tyrion em “pular do barco”, por achar que Daenerys não será uma boa rainha e cada vez mais se assemelha ao Rei Louco.
Então, a partir da primeira hora, o episódio começa a ficar interessante novamente: Daenerys sobrevoa a frota naval de Cersei e Euron, mas é recebida por diversas flechas disparadas em sua direção. Resultado: Rhaegal, um dos dragões, morre e afunda no mar. Daenerys consegue escapar com Drogon, único dragão sobrevivente e com os ataques aos barcos, Missandei vira refém.
E chegamos a Jaime: um personagem que é cruel, perverso, assim como a irmã, e nas últimas temporadas vinha mostrando um amadurecimento. Após ter relação sexual com Brienne, esta que vai ficar em Winterfell para proteger Sansa, o Lannister simplesmente decide voltar para a irmã Cersei, anulando toda a evolução que o personagem vinha obtendo. Sabemos que o personagem era cruel, mas tal decisão desagradou e praticamente selou seu destino nos próximos dois episódios.
Tyrion resolve ir até à entrada da Fortaleza Vermelha pedir para Cersei render-se. Quem o recebe é Qyburn, mão de Cersei. Obviamente, a Lannister, após uma conversa entre irmãos, não dá ouvidos a tudo aquilo e ordena a execução de Missandei, sendo o executor Montanha Clegane, completamente imponente e com aquela armadura aparentemente impenetrável.
Esse, então, foi o desfecho do episódio. O próximo promete ter a maior batalha já vista na série. Esperemos que tenha uma claridade razoável para que possamos enxergar melhor e o destino de muitos personagens será mostrado. Para uma série que requer certa urgência, o episódio 4 foi bem fraco, infelizmente.