Listão do Clube | Melhores Filmes de 2019

 

Chegou o fim do ano e com ele a nossa lista de Melhores Filmes de 2019. A equipe do Clube da Poltrona se reuniu e listou os títulos lançados no circuito brasileiro que cada um dos colaboradores mais gostou. Foram 19 títulos citados e desses, selecionamos os 10 mais votados.

Aprecie a lista e clique nos links para ler nossos reviews completos dos filmes.

 

Leonardo DiCaprio em Era Uma Vez Em Hollywood

10º lugar – Era Uma Vez… em Hollywood

Em seu 8º filme, o diretor Quentin Tarantino, mais uma vez, demonstra sua paixão pela Sétima Arte. Era Uma Vez… Em Hollywood é uma reconstrução histórica da Hollywood dos anos 1970, em meio às mudanças nas vidas de um ator (Leonardo DiCaprio) em vertiginosa decadência de sua carreira e  seu melhor amigo e dublê (Brad Pitt). O diretor mais uma vez subverte a realidade ao finalizar o filme, solucionando um problema chamado Família Manson. Respeitoso e acertado. [Leia o review completo aqui]

 

Lily Franky Sakura Andô e Miyu Sasaki em Assunto de Família

9º lugar – Assunto de Família

Assunto de Família é mais um triunfo do cineasta Hirokazu Kore Eda. Vencedor da Palma de Ouro em Cannes, competindo com filmes como o próprio Guerra Fria, o filme transforma a ideia tradicional de família. Explorando cada personagem e suas ligações com muita sensibilidade e trazendo uma mensagem de que não são necessários laços sanguíneos para que uma família exista. O que basta são pessoas que se amam verdadeiramente, que se importam umas com as outras. É claro que Kore Eda não foge das implicações morais do destino de certos personagens, transbordando uma certa melancolia em sua narrativa, mas ao fim a beleza do seu filme está na própria essência do ser humano, falho, mas com uma grande capacidade de amar e cuidar. [Leia o review completo aqui]

 

8º lugar – Nós

Após abordar o medo infligido pela discriminação racial nos EUA, em Corra!Jordan Peele voltou às telas do cinema em 2019 para mais uma vez questionar a origem dos medos. Trabalhando, dessa vez, com o conceito do duplo (doppelganger) a obra de Peele questiona a prática da violência da sociedade estadunidense. O filme é um apanhado de signos e referências que ora confundem, ora orientam o espectador na construção de uma ideia do porquê do ódio generalizado, da ânsia por destruição. Destaque para a dicotômica interpretação de Lupita Nyong’o.

 

Tomasz Kot e Joanna Kulig em Guerra Fria

7º lugar – Guerra Fria

O filme explora a força do amor perante tempos de crise. Não só isso, como também como a arte povoa nossas mentes e é capaz de transformar destinos e unir as pessoas. Toda essa reflexão ressoa por conta de um brilhante trabalho de Pawel Pawlikowski em deixar fluir uma sensibilidade aterradora, além de explorar uma linda fotografia em preto e branco que reflete os tempos sombrios em que está inserida, mas que deixa evidente o poder do cinema, que não necessita de cores para demonstrar a sua beleza. Guerra Fria é um drama impecável e uma joia do cinema europeu.

 

Brad Pitt em Ad Astra

6º lugar – Ad Astra: Rumo às Estrelas

James Gray sempre foi um cineasta que gosta de se aventurar por diversos gêneros, buscando sempre as mais potentes emoções que seus personagens têm a oferecer. Nesse prisma, Ad Astra é um legítimo filme de James Gray. O diretor trata sua viagem pelo espaço como uma viagem de reflexão sobre a solidão, reflexão essa dolorosa para o personagem de Brad Pitt. O protagonista, enquanto procura o pai perdido e tenta entender o porque de seu abandono, vive horrores e situações que refletem as nossas vidas e a nossa própria natureza. Isso é envolto não só por visuais belíssimos e melancólicos, como também por corajosas incursões por diferentes outros gêneros, como o cinema de ação e o de horror. Épico, porém simples e corajoso. Isso é tudo o que um grande filme precisa. [Leia o review completo aqui]

 

Olivia Colman em A Favorita

5º lugar – A Favorita

Yorgos Lanthimos continua a sua missão de estudar o ser humano, suas hipocrisias, seus medos e seus sentimentos mais profundos, transformando seus filmes em teses fantásticas sobre a sociedade moderna. Em A Favorita, o cineasta grego deixa um pouco mais leve seu estilo estranho, mas retoma as principais características de seu cinema, dentre elas: as grandes lentes abertas, personagens irônicos e sacanas, metáforas visuais que ilustram o núcleo temático da trama, transições de montagem estilizadas e ferrenhas criticas à sociedade. Com todos esses elementos desenvolvendo de forma ímpar as relações entre as protagonistas, A Favorita é mais um dos filmes criativos e bem trabalhados do ano. [Leia o review completo aqui]

 

Shameik Moore em Homem Aranha no Aranhaverso

4º lugar – Homem-Aranha no Aranhaverso

Miles Morales (Shameik Moore) é um rapaz que ao ser picado por uma aranha radioativa consegue poderes. Nada de novo até aqui, mas e se dissermos que ao mesmo tempo há uma moça-aranha, um homem-aranha-de-meia-idade-em-crise e um porco-aranha? O Aranhaverso é o local no qual todo jovem ou adulto que já sonhou ou sonha ser um herói pode realizar seu desejo. Um universo amplo e múltiplo no qual o herói mais descontraído da Marvel pode co-existir com suas outras versões. Aproveitando-se dessa perspectiva, o filme mescla técnicas de animação, apresentando em uma mesma cena variadas estéticas e brincando até mesmo com “defeitos” dos quadrinhos impressos. Ah, e a trilha sonora é de não tirar dos ouvidos. [Leia o review completo aqui]

 

Robert De Niro e Al Pacino em O Irlandês

3º lugar – O Irlandês

Martin Scorsese, em seu projeto dos sonhos, desfila toda a sua qualidade narrativa em um glorioso fechamento de um ciclo, de sua parceria lendária com De Niro, Joe Pesci e Harvey Keitel, trazendo também o brilhante Al Pacino para o time estelar. Se Scorsese sempre trabalhou a castidade e os atos humanos perante o julgamento de Deus, em O Irlandês ele parece trazer o julgamento final, o do envelhecimento e o das consequências solitárias dos atos dos homens. A jornada é tanto divertida, cheia de referências e um estilo clássico que fez Scorsese decolar, quanto psicológica, forte e dolorosa. Só o diretor ítalo-americano consegue, à sua maneira, fazer um filme gigantesco e íntimo, um triunfo da memória e um documento do tempo.

 

Bacurau

2º lugar – Bacurau 

Em um futuro distópico não tão distante uma pequena cidade no interior do Pernambuco se torna alvo de um ataque contra a vida de seus habitantes. Em um Sci-Fi Pau Brasil, Kleber Mendonça Filho Juliano Dornelles estabelecem uma crítica sobre o apagamento de locais que estão a margem de uma sociedade de maneira irreverente e sanguinária. O filme também mescla gêneros como horror, western e comédia para questionar as relações xenofóbicas dentro de nosso país. Ao fim do filme, a lição que fica é a de que quem mora em lugares como Bacurau é gente. [Leia o review completo aqui]

 

Hyun-jun Jung Sun-kyun Lee Yeo-jeong Jo Woo-sik Choi e Ji-so Jung em Parasita

1º lugar – Parasita

O filme de Bong Joon-Ho traz diversas reflexões sobre a sociedade moderna, principalmente sobre as distâncias que o capitalismo provoca entre as pessoas, onde muitas vivem em níveis subterrâneos, tentando sobreviver como insetos, enquanto diversas outras desfrutam de posições privilegiadas. O diretor sul-coreano, porém, não trabalha com melodrama ou situações forçadas e clichês. Ele conduz uma narrativa cheia de diferentes níveis, que engana e surpreende, que leva seus personagens a condições brutais e primais. É, realmente, o filme mais brilhante, original e bem construído de 2019, merecendo o primeiro lugar no Listão do Clube. [Leia o review completo aqui]

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