Melhor Direção | Previsões Oscar 2022

Veja as previsões para outras categorias aqui.


Previsões atualizadas em: 23/01/2021

(Legenda: ○ sem alteração |  subiu de posição |  caiu de posição… em relação à previsão anterior)

 

Saindo na frente:

 

1. Jane Campion (Ataque dos Cães)

Baseado numa obra literária, a história é de dois irmãos donos de um rancho, mas que são colocados um contra o outro quando um deles se casa. A crítica pode ser lida aqui.

Razões para acreditar: streaming já é uma realidade até para o Oscar. Se antes existia um certo preconceito, depois das várias indicações de filmes como Roma, O Irlandês, História de um Casamento e Mank isso já é uma questão superada. Sendo assim, a grande investida da Netflix nesse ano é esse drama familiar (com um quê de faroeste) situado em Montana. 

Pontos contra: Desde que escreveu e dirigiu sua obra-prima, O Piano, Campion não conseguiu ser relevante ou lembrada em nenhuma grande premiação de cinema. É bem verdade que ela não dirige um longa-metragem há mais de 10 anos, ficando responsável somente por produzir, dirigir e roteirizar uma aclamada série de TV de duas temporadas em 5 anos, porém, essa possível imagem de ser uma artista conhecida por apenas um filme pode ser prejudicial.

Retrospectiva no Oscar: 2 indicações/1 vitória. Vencedora na categoria de Melhor Roteiro Original por O Piano em (1994). Indicada a Melhor Diretora por O Piano (1994). 

 

 

2. Denis Villeneuve (Duna)

Baseado no clássico da ficção científica de mesmo nome, Duna se passa num distante futuro, onde planetas são governados por casas nobres pertencentes a um império feudal intergaláctico. Surge, então, um jovem brilhante nascido com um grande destino além de sua compreensão, onde precisará viajar para o local mais perigoso do universo (conhecido como Duna) para garantir o futuro de sua família e de seu povo. No meio disso tudo, ainda há o conflito pelo suprimento exclusivo do local de especiaria capaz de desbloquear o maior potencial da humanidade. A crítica pode ser lida aqui.

Razões para acreditar: A popularidade da obra literária escrita por Arthur Frank Herbert é benéfica. Com isso, o estúdio irá (provavelmente) criar um imenso marketing não apenas para ser um sucesso de bilheteria em mais um ano atípico, como também para os próprios membros serem constantemente lembrados do filme na época da votação. Com essa chance de ser “o filme do ano” em questões financeiras, o Oscar não costuma fechar os olhos.

Pontos contra: Além dessa espécie de resistência da Academia com um diretor que coleciona obras de grandes êxitos artísticos, o próprio gênero que é a ficção científica encontra dificuldades para aparecer em categorias mais importantes no evento, “sobrando” apenas as indicações técnicas — tendo como grande exemplo Blade Runner 2049 dirigido pelo próprio Villeneuve.

Retrospectiva no Oscar: 1 indicação. Indicado a Melhor Direção por A Chegada (2017).

 

 3. Kenneth Branagh (Belfast)

Fala do conflito armado situado na Irlanda da Norte, onde parte da população queria manter os laços com a Grã-Bretanha enquanto a outra desejava a independência ou a integração com a Irlanda localizada no sul da região. A narrativa é contada através dos olhos inocentes de uma criança durante os anos 1960. A crítica pode ser lida aqui.

Razões para acreditar: Como alguns nomes mencionados aqui, Branagh é bem respeitado na indústria por ser um artista talentoso em várias áreas, seja dirigindo, escrevendo ou atuando — não sendo à toa que já foi nomeado pela Academia nessas três áreas. Sua nova obra com esse claro contexto político pode favorecer suas chances.

Pontos contra: O diretor não é indicado na categoria de Melhor Direção há mais de trinta anos.

Retrospectiva no Oscar: 5 indicações. Indicado a Melhor Direção e Melhor Ator por Henrique V (1990), indicado a Melhor Curta-Metragem em Live Action por Swan Song (1993), indicado a Melhor Roteiro Adaptado por Hamlet (1997) e indicado a Melhor Ator Coadjuvante por Sete Dias Com Marilyn (2012).

 

⇧ 4. Steven Spielberg (Amor, Sublime Amor)

Remake do clássico de 1961 vencedor de 10 Oscars, conta a história sobre um amor proibido e também da fervorosa rivalidade das gangues Jets e Sharks por conta do preconceito étnico. A crítica pode ser lida aqui.

Razões para acreditar: Provavelmente não há um diretor mais famoso e com tantos sucessos de bilheteria como Spielberg. Seu nome sempre é “ventilado” na temporada de premiações quando dirige um filme, portanto, não há qualquer tipo de surpresa se seu nome for anunciado. 

Pontos contra: O fato da obra ser um remake de um clássico adorado pode acarretar em alguma resistência por parte dos votantes-espectadores, já que não haverá tantas surpresas narrativas.

Retrospectiva no Oscar: 17 indicações/3 vitórias. Vencedor na categoria de Melhor Filme, como produtor, e Melhor Diretor por A Lista de Schindler (1994), além de ganhar na categoria de Melhor Diretor por O Resgate do Soldado Ryan (1999). Indicado a Melhor Diretor por Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1978); Melhor Diretor por Os Caçadores da Arca Perdida (1982); Melhor Filme, como produtor, e Melhor Diretor por E.T.: O Extraterrestre (1983); Melhor Filme, como produtor, por A Cor Púrpura (1986); Melhor Filme, como produtor, por O Resgate do Soldado Ryan (1999); Melhor Filme, como produtor, e Melhor Direção por Munique (2006); Melhor Filme, como produtor, por Cartas de Iwo Jima (2007); Melhor Filme, como produtor, por Cavalo de Guerra (2012); Melhor Filme, como produtor, e Melhor Direção por Lincoln (2013); Melhor Filme, como produtor, por Ponte dos Espiões (2016); Melhor Filme, como produtor, por The Post: A Guerra Secreta (2018).

 

5. Paul Thomas Anderson (Licorice Pizza)

Ambientado na década de 1970, a nova obra do tão aclamado diretor segue a vida de um estudante que está tornando-se um grande ator.

Razões para acreditar: O artista tem apenas 8 longas em sua carreira, contudo, pegando os seus últimos 4, ele sempre foi nomeado por produção, direção ou roteiro — o que, obviamente, o torna um “queridinho” entre os membros da Academia.

Pontos contra: O fato do longa não ter chegado em nenhum festival pode prejudicar as chances de indicação do diretor.

Retrospectiva no Oscar: 8 indicações. Indicado a Melhor Roteiro Original por Boogie Nights: Prazer Sem Limites (1998) e Magnólia (2000); Melhor Filme, como produtor, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Direção por Sangue Negro (2008); Melhor Roteiro Adaptado por Vício Inerente (2015), além de Melhor Filme, como produtor, e Melhor Direção por Trama Fantasma (2018).

 

Brigando por uma vaga:

 

6. Ryûsuke Hamaguchi (Drive My Car)

 

 7. Guillermo Del Toro (O Beco do Pesadelo)

 

8. Joel Coen (The Tragedy of Macbeth)

 

9. Pablo Larraín (Spencer)

 

10. Maggie Gyllenhaal (A Filha Perdida)

 

Correndo por fora:

Adam McKay (Não Olhe para Cima), Aaron Sorkin (Apresentando os Ricardos), Wes Anderson (Crônicas Francesas), Pedro Almodóvar (Madres Paralelas) e Reinaldo Marcus Green (King Richard: Criando Campeãs).


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Jonatas Rueda

Capixaba, formado em Direito e cinéfilo desde pequeno. Ama literatura e apenas vê séries quando acha que vale muito a pena. Além do cinema, também é movido à música, sendo que em suas playlists nunca podem faltar The Beatles, Bob Dylan, Eric Clapton e Led Zeppelin.

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