10º Olhar de Cinema | Curta Um Curta
O Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba comemorou uma década de existência neste ano de 2021. Entre os dias 6 e 14 de outubro, o evento exibiu filmes que falam sobre temas como redes de apoio e comunidades.
Abaixo, seguem alguns dos projetos assistidos exibidos no evento:
Saúde!, de Tatiana Chistova (2020)
Países: Polônia, Rússia
Intercalando imagens do vazio das cidades em lockdown e trechos de chamadas para um canal de comunicação do governo russo, a diretora aborda os efeitos da pandemia e das falhas e ausências das políticas públicas na vida da população. Inegavelmente, tocante e desalentador.
A Comunhão da minha prima Andrea, de Brandán Cerviño Abeledo (2020)
País: Espanha
Um ano após a primeira comunhão de Andreia, seu primo, Brandán, pede para a garota instruções de como ele deveria editar suas memórias daquele evento. A noção estética da garota explicita como as novas gerações são influenciadas pelas redes sociais e pelas músicas que fazem sucesso em sua cultura. Por isso, o que surgiu foi um curta irreverente com discussões acerca da existência de Deus e da relação das crianças com a religião imposta pela família.
Há um fantasma de mim, de Mateo Vega (2020)
Países: Peru, Holanda
Em uma montagem que recorta, cola e sobrepõe imagens cotidianas de uma cidade e seus lugares, o filme-ensaio reflete sobre envelhecer, desgastar, ser efêmero como um corpo urbano e humano. Dessa maneira, o futuro esperado é posto em contraponto ao futuro alcançado, da infância até a morte.
Nhá Mila, de Denise Fernandes (2020)
Países: Portugal, Suíça
Em uma escala em Lisboa, Salomé é reconhecida por uma conterrânea. Com essa proximidade, a mulher se reencontra com seu passado, sendo assim confrontada por um sentimento de não pertencimento à nenhuma nação. Por fim, a dinâmica entre as mulheres, suas conversas e troca de memórias revive Mila, a pequena menina que viveu naquele corpo e carrega em sua história os prazeres e dores de estar em casa.
Tamgù, de Luis Paris & Isabel Loyer (2021)
Países: Argentina, França
Em apenas quatro minutos, essa animação poética consegue falar sobre a vigilância constante sobre corpos femininos, tanto quanto sobre as maneiras que usamos para desvencilharmos dessas opressões. Dessa forma, como em uma dança, a mulher do curta busca sua liberdade.
Quer conhecer alguns curtas brasileiros que foram exibidos no festival? Clique aqui.
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