Melhor Filme Internacional | Previsões Oscar 2022

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Previsões atualizadas em: 11/01/2022

 

Saindo na frente: 

 

1. Drive My Car

Adaptação de um conto de Haruki Murakami, Drive My Car acompanha Yûsuke Kafuku (Hidetoshi Nishijima), um ator e diretor de teatro, ainda incapaz, depois de dois anos, de lidar com a perda de sua amada esposa, que aceita dirigir a peça de Tchekhov “Tio Vânia” em um festival de teatro em Hiroshima. Lá ele conhece Misaki (Toko Miura), uma jovem introvertida, designada para dirigir seu carro. Entre os trajetos, segredos do passado e confissões sinceras serão revelados.

País: Japão

Razões para acreditar: Drive My Car concorreu à Palma de Ouro e saiu de Cannes com três prêmios, incluindo o de Melhor Roteiro. Além disso, o longa recebeu muito apoio dos círculos e associações da crítica, que acabaram dando impulso à campanha do filme que estava muito discreta no início.

Pontos contra: O filme é contemplativo e tem cerca de 3h de duração, o que pode vir a ser um limitante. Além disso, a distribuidora do longa nos Estados Unidos é a Jonus Films, que é bem pequena. Mas, honestamente? Independente disso, a indicação é praticamente certa e Drive My Car, hoje, é o favorito à estatueta.

 

2. Um Herói

Dirigido por Asghar Farhadi, Um Herói segue Rahim (Amir Jadidi), que está na prisão por causa de uma dívida que não conseguiu pagar. Durante uma licença de dois dias, ele tenta convencer seu credor a retirar sua reclamação diante do pagamento de parte da quantia. No entanto, as coisas não saem como planejado.

País: Irã

Razões para acreditar: Asghar Farhadi é um velho e querido conhecido da Academia. O diretor iraniano já venceu a categoria de Melhor Filme Internacional duas vezes com A Separação (2011) e O Apartamento (2016). Um Herói conseguir uma indicação não seria difícil.

Pontos contra: A campanha do Prime Video para o filme começou tarde, o que pode significar, em um ano tão disputado quanto esse, um problema para a visibilidade do projeto entre os votantes.

 

3. The Worst Person in the World

The Worst Person in the World compila crônicas de quatro anos na vida de Julie (Renate Reinsve), uma jovem que navega pelas águas turbulentas de sua vida amorosa e luta para encontrar sua carreira, levando-a a ter uma visão realista de quem ela realmente é. O projeto é o terceiro filme, após Começar de Novo (2006) e Oslo, 31 de Agosto (2011), da “Trilogia Oslo” do diretor Joachim Trier.

País: Noruega

Razões para acreditar: E falando em ano disputado, The Worst Person in the World estreou em Cannes competindo pela Palma de Ouro e saiu aclamado do evento. Além disso, o longa fez todo o circuito de festivais, o que é essencial para sua visibilidade. E após Titane – uma outra aposta da Neon à Melhor Filme Internacional – ter ficado de fora da shortlist da categoria, a distribuidora vai poder direcionar mais dos seus esforços para o candidato norueguês.

Pontos contra: Inicialmente o frontrunner ao prêmio, The Worst Person in the World com o passar do tempo foi perdendo fôlego, inclusive não sendo lembrado no Globo de Ouro (o que não significa muito para o Oscar, mas pode demonstrar um problema na campanha do longa). Além disso, o filme só estreia nos Estados Unidos no início de fevereiro, faltando poucos dias para o anúncio dos indicados.

 

4. Flee

Flee segue Amin (Amin Nawabi), que chegou como um menor refugiado desacompanhado na Dinamarca vindo do Afeganistão. Hoje, aos 36 anos, ele é um acadêmico de sucesso e vai se casar com seu namorado de longa data. Um segredo que ele esconde há mais de 20 anos ameaça arruinar a vida que construiu para si mesmo. Pela primeira vez, ele está compartilhando sua história com seu amigo próximo.

País: Dinamarca

Razões para acreditar: Por onde passa, Flee arrebata o público e a crítica. Vencedor do Grande Prêmio do Júri de Sundance na seção World Cinema Documentary, o filme também ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival de Cinema de Animação de Annecy de 2021. O longa também foi lembrado em diversos círculos e associações de críticos e em premiações como o Annie Awards, Producers Guild of America Awards, Independent Spirit Awards e Satellite Awards. Todos esses ainda pendentes de divulgarem seus vencedores. De qualquer forma, o documentário em formato de animação vem forte.

Pontos contra: A campanha de Flee quer fazer história com o filme sendo indicado não apenas a Melhor Filme Internacional, mas também a Melhor Documentário e Melhor Animação. Tamanha ambição pode atrapalhar o longa por não focar em uma categoria e a obra acabar ficando de fora de uma ou mais delas.

 

5. A Mão de Deus

Novo filme do aclamado diretor italiano Paolo Sorrentino e baseado em acontecimentos da própria vida do cineasta, A Mão de Deus acompanha o jovem Fabietto Schisa (Filippo Scotti) em plena Nápoles da década de 1980. Com os rumores da chegada de seu ídolo Diego Maradona para jogar em um time da cidade, o rapaz vai se deparar com uma tragédia que vai afetar sua vida por completo e moldar o seu futuro.

País: Itália

Razões para acreditar: Vencedor do Grande Prêmio do Júri do Festival de Veneza, A Mão de Deus é o candidato da Netflix para a categoria. Além disso, Sorrentino já venceu uma vez o Oscar de Melhor Filme Internacional com o seu inesquecível A Grande Beleza (2013). Ou seja, com o apoio dessa gigante do streaming mais o nome do diretor, que baseou o filme em acontecimentos da própria vida abordando entre outros temas sua paixão pelo cinema, a indicação do filme está quase certa.

Pontos contra: Os únicos impeditivos que consigo pensar para a não indicação de A Mão de Deus ao Oscar é a forte competição ou alguma surpresa. Tirando isso, é muito difícil o longa não aparecer entre os cinco.

 

Brigando por uma vaga:

 

6. O Homem Ideal

País: Alemanha

 

7. Compartment No. 6

País: Finlândia

 

8. A Noite do Fogo

País: México

 

9.  Lunana: A Yak in the Classroom

País: Butão

 

10. Lamb

País: Islândia

 


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Vinicius Dias

Carioca graduado em Relações Internacionais, não sabe muito bem quando começou a sua paixão pela Sétima Arte, mas lembra de ter visto Tarzan (1999) no cinema três vezes e de ter sua fita dupla de Titanic (1997) confiscada pela sua mãe por assistir ao filme mais vezes do que deveria. Não gosta de chocolate, café e Coca-Cola, mas é apaixonado por Madonna, Kylie Minogue e Stanley Kubrick.

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