Listão do Clube | 10 Comédias Românticas Para Se Apaixonar

 

O amor é filme! E o Clube da Poltrona intimou seus membros a reunir 10 longas tão românticos quanto divertidos para mais uma lista especial. Filmes de diversas épocas e para todos os gostos, que se acalentaram os corações do Clube, com certeza acalentarão o seu também. Puxa a poltrona e boa leitura!

Meu Primeiro Amor

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Clássico da Sessão da Tarde nos anos 1990, esse filme é tomado de delicadeza quando explora a descoberta do amor através de duas crianças. Vada (Anna Chlumsky) e Thomas (Macaulay Culkin) são amigos de infância e compartilham afinidades, mesmo com personalidades opostas. A ideia de o que é um relacionamento é muito caricata para os dois, e até cômica. Mas durante as férias de verão, um novo sentimento desabrocha, o tênue momento em que a amizade se transforma em amor, ou algo próximo a isso que comtemple as confusas emoções das crianças. Trauma na infância de muitos, o final é triste, mas cheio de beleza. Um pequeno clássico sobre o primeiro amor. “Vada, você pensaria em mim?”.

 

Um Grande Garoto

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Esse é só mais um filme em que Hugh Grant interpreta um garanhão cheio de charme e táticas sagazes para conquistar moças vulneráveis. O diferencial está no roteiro, baseado no livro de Nick Hornby, onde Will muda o ponto de vista imaturo em relação a relacionamentos quando é afetado por um garoto de onze anos que já carrega responsabilidades adultas, apesar da pouca idade.

Enquanto Will coleciona relações casuais, vive do lucro dos royalties de uma canção natalina composta por seu pai e mora em uma confortável casa equipada com aparelhos de última geração, que ele chama de “ilha”, Marcus (Nicholas Hoult) é um garoto deslocado e independente que nutre um olhar complacente para com as mulheres, por causa de sua mãe que sofre de depressão. A troca que acontece entre os dois causa uma mudança em ambos. Marcus passa a ver a vida com menos seriedade e começa a curtir as belezas da pré-adolescência; Will passa a ser mais sociável e se permite viver um relacionamento sério.

Por Elaine Timm

 

Lisbela e O Prisioneiro

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O representante brasileiro da lista é um filme capaz de agradar a todos os públicos. Guel Arraes reúne o texto de Osmar Lins ao de Jorge Furtado, e transforma Selton Mello num malandro irremediável, Marco Nanini num matador perigoso, e Débora Falabella numa mocinha sonhadora, em meio ao cenário cheio de vida da região da Mata Pernambucana.

A obra transita entre comédia, romance, aventura e referências ao “cinema seriado” da primeira metade do século XX. Lisbela, que é aficionada por esse tipo de cinema, assume o papel de mostrar ao espectador, de forma divertida, as convenções daquele gênero, à medida que a narrativa traça paralelos com a trama do próprio filme. Um interessante exemplar de metalinguagem no cinema popular brasileiro.

Aliado à uma trilha sonora marcante, diálogos ágeis, e verdadeiras reviravoltas, Lisbela e o Prisioneiro é o que toda comédia romântica tem direito a ser: divertida, bela e apaixonante.

Por Evandro Lira

 

Luzes da Cidade

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Notoriamente conhecido pelo seu humor pastelão, Charles Chaplin é um dos artistas mais ousados da história, chegando ao ponto de criticar o capitalismo selvagem com o incrível Em Busca do Ouro e até mesmo satirizar Hitler, em plena segunda guerra mundial, em O Grande Ditador. Entretanto, sua obra mais doce e romântica (que ainda explora o humor esperado do cineasta, principalmente na icônica cena que envolve uma luta de boxe) é Luzes da Cidade, que apesar de ser concebido numa estrutura muda, trabalha o roteiro com o som sugerido — elemento imprescindível para a trama que, por consequência, faz com que um dos finais mais lindos do cinema seja criado, onde o sorriso envergonhado do querido Vagabundo inunda a tela ao ser descoberto (através do toque carinhoso) pela sua amada. Obra-prima incontestável!

 

Se Meu Apartamento Falasse

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Billy Wilder, apesar da sua versatilidade invejável, sempre demostrou conhecimento e completo domínio em suas comédias românticas. E em Se Meu Apartamento Falasse (vencedor de 5 estatuetas douradas, sendo 3 para Wilder) não apenas encontramos o ápice artístico de um diretor-roteirista que explora de maneira elegante conceitos como hierarquia profissional e traição, mas também do próprio gênero no começo da década de 1960, devido aos artifícios narrativos que se transformariam em elementos que futuramente seriam denominados de clichês.

Jack Lemmon (hilário como quase sempre) e Shirley MacLaine interpretam personagens doces e idealistas, porém, tão vulneráveis e quebrados emocionalmente, justamente por não acreditarem mais no amor por causa das coisas que acontecem com ambos em pouco mais de 2 horas, que o final (com uma das frases mais famosas do cinema) torna-se um grande, caloroso e recompensador abraço para a plateia.

Por Jonatas Rueda

 

Sintonia de Amor

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Sintonia de Amor traz dois atores que, de certa forma, estão entre os ícones do gênero: Meg Ryan e Tom Hanks. Com uma história que se passa entre Chicago e Seattle e termina em Nova York, o roteiro cria expectativa no público ao não colocar os dois protagonistas frente a frente durante quase toda a projeção. Porém, fica claro em cada cena que eles foram feitos um para o outro.

Hanks vive Sam, que ficou viúvo recentemente e se muda com o filho para a Costa Oeste na tentativa de mudar de ares e recomeçar. No entanto, o garotinho, em sua inocência infantil, percebe a dificuldade do pai em ser feliz de novo e relata tudo em rede nacional, em um programa de rádio noturno. Do outro lado do país, Annie (Meg Ryan) está noiva e se diz feliz, mas faz de tudo para não enxergar o relacionamento morno que mantém com Walter (Bill Pullman).

Com uma premissa simples e atores cheios de carisma, o resultado trazido pela realizadora Nora Ephron é doce e cativante. Um filme perfeito para o Dia dos Namorados.

 

E Se Fosse Verdade…

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A química entre Reese Witherspoon e Mark Ruffalo é tudo o que se quer ver numa comédia romântica: timing cômico em sintonia, carisma de sobra e delicadeza. E Se Fosse Verdade, que é de 2005, carrega ainda um charme típico de comédias românticas dos anos 1990, mas com um vigor renovado. Primeiro, ele convida o espectador a exercitar sua suspensão de descrença. Aqui, Reese é Elizabeth, uma médica 100% dedicada à profissão que sofre um acidente e entra em coma. A família, sem esperanças de que ela acorde, aluga o apartamento dela para David (Ruffalo). Por algum motivo, ele é o único que consegue enxergar e se comunicar com o “espírito” da moça, que continua rondando o local.

Como nas boas comédias românticas, o importante não é como a história irá terminar — já que isso é previsível na maioria dos filmes do gênero —, mas como tudo acontecerá ao longo do caminho.

Por Roseana Marinho

 

500 Dias com Ela

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Um dos mais famosos romances do século XXI não poderia ficar de fora. 500 Dias Com Ela não é somente uma comédia romântica, mas representa muito bem o drama de um primeiro amor e todos os erros que cometemos diante daquele ser idealizado por nós. Um amor cego.

A identificação com o personagem do Joseph Gordon-Levitt é abrangente para o público masculino, principalmente. Quem nunca sofreu por amor e depois aprendeu com os erros, pronto para um novo romance? Quem nunca teve uma paixão, tipo a figura de Zooey Deschanel, aquela pessoa inicialmente sem defeitos, perfeita, e que só vamos perceber que é apenas um ser humano normal depois de sofrermos muito? Apesar de todo o drama, o filme ainda é uma deliciosa comédia romântica em boa parte da trama, ao vermos a sensação gostosa de se apaixonar, seja diante de um gosto musical semelhante ou um bom papo.

Por Ibertson Medeiros

 

O Casamento do Meu Melhor Amigo

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Julia Roberts vinha de fracassos na carreira; foi quando recebeu o convite para estrelar O Casamento do Meu Melhor Amigo, do diretor P. J. Hogan (que tratou de temática semelhante em O Casamento de Muriel). A trama coloca Roberts em pleno desespero, ao perceber que seu melhor amigo (Dermot Mulroney) está prestes a se casar com a patricinha Kimberly (uma Cameron Diaz hilária).

A fita exibe a aproximação de Julianne com Michael, às vésperas da data fatídica, culminando em sequências divertidas em que Roberts faz de tudo para que o casamento dê errado, apoiada por George (Rupert Everett) — personagem gay e que promove uma das maiores sequências do filme: quando todos cantam, numa mesa de jantar, I Say a Little Prayer. O espectador torce junto com a protagonista em um filme que equilibra o humor com nuances dramáticas. Com esse sucesso, Roberts voltou ao topo das atenções, além do Oscar de Melhor Atriz que viria a receber 4 anos depois.

 

10 Coisas que Eu Odeio em Você

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Não é muito difícil ver o sucesso de 10 Coisas que Eu Odeio em Você: a química perfeita entre Heath Ledger e Julia Stiles, personagens que se antagonizam, mas que escondem o desejo e o afeto crescente. Dirigido por Gil Junger e tendo premissa levemente inspirada no clássico A Megera Domada, de William Shakespeare, a trama mostra Katarina (Stiles) com sua personalidade difícil, sendo conquistada pelo galante Patrick (Ledger). Só que ela não sabe que, na verdade, ele foi pago por Cameron (Joseph Gordon-Levitt), que quer namorar a irmã de Kat, Bianca (Larisa Oleynik). É claro que no decorrer do filme, a rigidez de Katarina cede aos encantos de Patrick, e ambos se apaixonam. A cena em que Ledger canta Can’t Take My Eyes Off You é um dos momentos mais marcantes. Para todos os corações emocionados.

Por Cristiano Contreiras

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Evandro Lira

Evandro gosta tanto de filmes que escolheu a opção Cinema e Audiovisual no vestibular, e hoje cursa na UFPE. Em constante contato com a cultura pop, se divide entre as salas de cinema, as aulas sobre Eiseinsten, xingar muito no Twitter e a colaborar com o Clube da Poltrona.

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