Homens de Preto: Internacional | Análise

 

Homens de Preto: Internacional é o quarto filme da franquia MIB: Homens de Preto e passou por uma mudança de elenco, mas não apresentou novidades em seus efeitos ou estrutura narrativa. O novo filme da série conta com Tessa Thompson (Creed, Creed II e Cara Gente Branca) e Chris Hemsworth (Os Vingadores, Thor) nos respectivos papeis de Agente M e Agente H. Emma Thompson e Liam Neeson também estão no elenco.

Homens de preto Internacional Tessa Thompson Chris Hemsworth

Após o terceiro filme da série, ficou um tanto quanto impossível dar sequência a série se o elenco principal fosse mantido (Will Smith e Tommy Lee Jones). Com isso, a Sony optou por um spin-off deslocado dos Estados Unidos,mostrando que a agência de combate aos crimes alienígenas existe em todo o planeta. Nesse filme, as aventuras dos agentes acontecem em Londres, Paris e Marrakesh.

Homens de Preto: Internacional gira em torno da Agente M (Tessa Thompson), uma jovem que em sua infância teve contato com aliens, homens de preto e não foi neutralizada. Molly vive em busca da resposta para a existência do universo se fosse em o Guia do Mochileiro ela saberia que é 42 e, obcecada com o que viu, decide por conta própria investigar a Agência. Ao descobrir como chegar lá, sua astúcia impressiona a Agente O (uma belíssima Emma Thompson), e passa a ser agente em treinamento. Com isso, sua missão de “teste” é ir à sede londrina, auxiliar outros agentes em seus casos. 

Liam Neeson Tessa Thompson Homens de Preto Internacional

Seu superior em Londres é Grande T (Liam Neeson), um veterano que, alguns anos antes, derrotou A Colmeia um grupo de alienígenas assassinos ao lado de seu pupilo, o Agente H (Chris Hemsworth), usando apenas sua perspicácia e armas. E por falar no Agente H, ele é o típico herói, endeusado por alguns membros da agência, detestado por outros e protegido pelo seu chefe. Talvez essas características sejam o que torna a personagem mais interessante, por mais clichê que ele seja. 

No filme, não há a proposta de inovar em nada que não sejam as cidades nas quais a trama acontece ou sua dupla de heróis. Nem as roupas, nem as armas, nem os efeitos especiais. Parece que o receio de que não desse certo ou que não agradaria ao público, fica expresso nesses pontos. Outro ponto distinto de seus antecessores é que os alienígenas coadjuvantes não são tão marcantes quanto os anteriores. Até porque a narrativa trabalha com a ideia de uma conspiração dentro da agência, fazendo dos outros seres meros coadjuvantes. O que, talvez, tenha um pouco mais de destaque na trama é o bravo Pawny, um peão de xadrez, que se torna protetor de M.

Homens de Preto Internacional Kumail Nanjiani Pawny

Temos assim, um filme divertido, com uma dupla entrosada, mas que pode desapontar quem espera algo diferente do que foi apresentado. Em alguns pontos, ele lembra MIB: Homens de Preto, como quando em um dado momento uma personagem apresenta uma postura patética, provocada pelo uso do neutralizador. Para quem tem uma boa memória, é fácil lembrar de Smith discutindo com Lee Jones para que as memórias dadas aos que passam pelo procedimento sejam menos vagas.  Ou quando personagens dos filmes anteriores aparecem entre uma cena e outra. 

Porém, a escolha de Tessa e Chris, para protagonizar o filme, não foi decepcionante. Ela se encaixa bem na ideia de uma mulher perseverante que direciona sua vida para o estudo e conhecimento de tudo o que está além do senso comum. Ele, não deveria nunca mais ser colocado para atuar em filmes que o obrigam a ser sério. O melhor de Hemsworth é justamente a capacidade que ele tem de ser natural ao fazer comédias. Por meio dessa capacidade, qualquer cena que seja necessária um pouco de drama ou bravura de seus personagens, ficam mais palatáveis o que explica muito porque sua primeira interpretação do Thor é aquele cocôtão pouco convincente.  

Homens de Preto: Internacional estreia dia 13 de junho, e deixa a sensação de que a franquia não para por aqui, agora que seu universo expandiu. Pelos próximos anos, poderemos conhecer novos agentes com nomes de letras em outros países, planetas e galáxias.

P.S.: E pra quem quer saber do Serginho Malandro, digo que faz todo sentido ele estar no filme. Para mim e para a Agente M, mesmo que o Grande T diga que não. 

 

Homens de Preto Internacional Tessa  Thompson Liam Neeson Chris Hemsworth

Nome Original: Men In Black: International)

Direção: F. Gary Gray

Elenco: Tessa Thompson, Chris Hemsworth, Rebecca Ferguson, Emma Thompson,
Liam Neeson, Kumail Nanjiani, Rafe Spall

Roteiro: Matt Holloway, Art Marcum, baseado na graphic novel de Lowell Cunningham

Fotografia: Stuart Dryburgh

 

 

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Yasmine Evaristo

Artista visual, desenhista, eterna estudante. Feita de mau humor, memes e pelos de gatos, ama zumbis, filmes do Tarantino e bacon. Devota da santíssima Trindade Tarkovski-Kubrick-Lynch, sempre é corrompida por qualquer filme trash ou do Nicolas Cage.

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2 thoughts on “Homens de Preto: Internacional | Análise

  • 19 de março de 2020 at 16:24
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    Pra falar a verdade, gostei do filme. Acho que deu um novo fôlego a uma franquia parada há 8 anos e as vezes, em time que se ganha não se mexe e portanto, me agradou. Espero que venham mais filmes no futuro.

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    • 20 de março de 2020 at 19:49
      Permalink

      Oi, Guilherme. Foi realmente um novo fôlego para a franquia. Esperamos que os próximos se igualem aos primeiros.

      Reply

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