Listão do Clube | Keanu Reeves além da Matrix

É claro que o primeiro filme que vem à mente quando falamos de Keanu Reeves é a ficção científica das irmãs Wachowski. Mas a carreira desse ícone de ser humano é diversa, tanto antes quanto depois do sucesso de Matrix.

Nosso time se juntou mais uma vez para escolher filmes bacanas do mestre Keanu que vale a pena conferir. Vamos nessa?

 

Caçadores de Emoção (1991)

Dirigido por Kathryn Bigelow (a única mulher a ganhar o Oscar de melhor direção), Caçadores de Emoção é um convite para a pura nostalgia com muita ação, porrada, tiros, surf, paraquedismo e assaltos a bancos com máscaras de vários presidentes, incluindo Nixon e Reagan.

Além de retratar uma amizade improvável (e muitos interpretam até como uma relação homoerótica velada) entre um criminoso e um policial, a obra é um dos bons exemplos do cinema pipoca norte-americano, cuja grande intenção é o puro entretenimento — ainda que o carisma inegável de Patrick Swayze praticamente roube o protagonismo do queridinho Keanu Reeves.

Por Jonatas Rueda

***

Velocidade Máxima (1994)

A inegável química entre Keanu Reeves e Sandra Bullock é um dos elementos mais potentes desse clássico noventista; enquanto o policial Jack Traven precisa descobrir como desarmar a bomba de um ônibus em alta velocidade, Annie tem a missão de manter o veículo abaixo das 50 milhas por hora e evitar uma tragédia. Durante o eletrizante jogo de gato e rato com o terrorista, a relação entre o casal vai evoluindo sem que isso se torne um empecilho na dinâmica do filme, que, assim como seu título, não perde a potência e deixa os nervos do espectador em frangalhos até o fechamento. Esse é o tipo de experiência que confirma a versatilidade de Keanu e sua capacidade de gerar carisma com todo e qualquer tipo de personagem. 

Por Elaine Timm

***

Advogado do Diabo (1997)

Contracenando com ninguém menos que Al Pacino, Keanu Reeves vive o talentoso advogado Kevin Lomax, que tem nas mãos a grande oportunidade de sua vida profissional em um conceituado escritório de Nova York. O filme é uma alegoria que questiona valores morais da sociedade moderna, mas também é um ótimo thriller, mais um fruto da parceria do diretor Taylor Hackford e o roteirista Tony Gilroy (naquele momento, a dupla vinha do sucesso de Eclipse Total). Pacino é o misterioso chefe de Lomax, que parece sempre saber por onde guiar o pupilo de acordo com seus interesses. Do outro lado está a fervorosamente religiosa mãe do advogado, questionado as escolhas do filho. Keanu Reeves se sai bem como o profissional ambicioso, porém constantemente sendo colocado “entre a cruz e a espada”. 

Por Roseana Marinho

***

Doce Novembro (2001)

Nos anos 2000, Keanu Reeves participou de alguns dos poucos filmes de romance de sua carreira, sendo o mais relevante deles Doce Novembro. Nesta produção, Keanu interpreta Nelson Moss, um executivo egocêntrico e workaholic, que parece não se lembrar da existência do amor até conhecer Sara Deever, vivida por Charlize Theron. Ela propõe a ele que passem um mês juntos – novembro – e que depois se separem para sempre. É interessante observar o desenvolvimento pessoal de Nelson com a convivência com Sara. Ela o faz enxergar a felicidade nas pequenas coisas e como a vida pode ser muito mais bonita com amor. Não é a melhor atuação de Keanu, uma vez que o enredo pede um pouco mais de dramaticidade e expressão do ator, mas funciona bem no longa e permite que o espectador reflita um pouco mais sobre as escolhas diárias da vida.  

Por Naty Lippo

***

A Casa do Lago (2006)

Repetindo a parceria de Velocidade Máxima, Keanu Reeves e Sandra Bullock testam a química em um romance fofo e pouco crível em A Casa do Lago. Ela encarna a médica solitária Kate Forster que, ao decidir se mudar de sua encantadora casa em um lago, deixa uma carta para o novo morador em sua caixa de correio. Quem a recebe é o solitário arquiteto Alex Wyler, personagem de Keanu, que resolve responder para a moça. Não demora muito até que os dois percebam que vivem em tempos diferentes: ele em 2004 e ela em 2006. As únicas conexões dos dois são a casa e a caixa do correio. A distância física e até mesmo temporal não impede que os dois se apaixonem. Se em Doce Novembro Keanu poderia ser mais expressivo, nesta produção ele consegue alcançar a dramaticidade necessária para cativar os espectadores, fazendo com que todos fiquem ansiosos – e em alguns momentos, até aflitos – pelo encontro dos protagonistas. Um filme despretensioso e gostoso de assistir!

Por Naty Lippo

***

John Wick – De Volta ao Jogo (2014)

Este filme não só trouxe Keanu Reeves de volta aos holofotes, mas também deu um ar novo aos filmes de ação. O que o torna tão bom, é a dedicação de Reeves ao papel, que ao ser analisado superficialmente, pode ser taxado como simples, mas está muito longe disso. A atuação de Reeves, com um olhar frio, movimentos quase mecânicos, faz com que o personagem tenha uma presença de tela avassaladora. Notamos também que, diferente de diversos atores que fazem filmes de ação, Reeves se dedicou a estudar movimentos em tiroteios, táticas de especialistas de tiro, tudo para transparecer da melhor forma o quanto seu personagem é preparado. Além disso, o roteiro valoriza suas motivações, as mais simples possíveis, quando roubam seu carro e matam seu cachorro. O trabalho de desenvolvimento do personagem em suas primeiras cenas faz com que compremos aquilo, passando a torcer para que John conclua sua vingança. 

Por Ítalo Passos

***

Gostou? Siga e compartilhe!

Evandro Lira

Evandro gosta tanto de filmes que escolheu a opção Cinema e Audiovisual no vestibular, e hoje cursa na UFPE. Em constante contato com a cultura pop, se divide entre as salas de cinema, as aulas sobre Eiseinsten, xingar muito no Twitter e a colaborar com o Clube da Poltrona.

evandro-lira has 73 posts and counting.See all posts by evandro-lira

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *